Novo Acordo Ortográfico

Sabendo-se que a partir de 2016 passam a valer de fato as novas regras ortográficas do idioma definidas pelos oito países que falam a língua portuguesa, e que essas alterações passam a servir de base para exames e concursos, vamos conferir algumas das mudanças ocorridas?
Vale ressaltar que antes de 1º de Janeiro de 2016, ninguém perderia nota se usasse a grafia antiga. No entanto, a partir desta data, só valem as regras novas nas provas.

A seguir algumas das mudanças:


ACENTUAÇÃO

A) O TREMA deixa de ser usado:

Palavras como lingüiça, cinqüenta e tranqüilo passam a ser escritas como linguiça, cinquenta e tranquilo;

B) Não se acentua mais com acento circunflexo as duplas OO e EE:

Palavras como enjôo, vôo, lêem e crêem passam a ser escritas como enjoo, voo, leem e creem.

C) Os ditongos abertos ÉI e ÓI das palavras paroxítonas deixam de ser acentuados:

Palavras como idéia, platéia, paranóico e jibóia passam a ser escritas como ideia, plateia, paranoico e jiboia.

D) Quando precedidos de ditongo, nas palavras paroxítonas, o acento agudo no I e no U tônico deixam de existir:

Palavras como feiúra e baiúca passam a ser escritas como feiura e baiuca.

E) Não se acentua mais as formas verbais do U tônico precedido de G ou Q e seguido de E ou I:

Palavras como averigúe e apazigúe passam a ser escritas como averigue e apazigue.

F) O acento agudo ou circunflexo usado para distinguir palavras paroxítonas que sãohomógrafas deixa de existir, portanto, deixam de se diferenciar pelo acento:
para (verbo parar);
para (preposição);
pela (substantivo e flexão do verbo pelar);
pelas;
polo;
pelo (flexão de pelar);
pelo (substantivo);
pera (substantivo, fruta);
pera (substantivo arcaico, pedra, e pera, preposição arcaica).

HÍFEN

O hífen é um sinal de gráfico mal sistematizado na língua portuguesa e, para isso, o Novo Acordo tentou organizar seu uso com regras que tornam mais racional e simples a sua utilização.

Nas palavras formadas pelo processo de prefixação, só se usa o hífen quando:
O segundo elemento começa com h: super-homem, sub-humano;
O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com a mesma vogal: micro-ondas, auto-observação;
O prefixo é pré-, pró-, pós-: pré-fabricado, pós-graduação, pró-reitor;
O prefixo é circum- ou pan- e o segundo elemento começa com vogal, h, m ou n: circum-mediterrâneo, pan-helenismo, pan-americano.

Não há hífen quando:
O segundo elemento começa com s ou r, assim, essas consoantes deverão ser duplicadas: antirrugas, antissemita, minissaia, microssistema.
Quando prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente: antiaéreo, hidroelétrica, autoescola, extraescolar.

OS CASOS DAS LETRAS K, W, Y

As letras k, w, y agora estão incluídas em nosso alfabeto, que passa a ter 26 letras. O Acordo apenas estabeleceu a sequência delas na listagem alfabética, logo, o k vem após o j, o w depois do v e o y após o x.

LETRAS MAIÚSCULAS

O uso obrigatório das letras maiúsculas foi simplificado, portanto, elas se restringem:
A nomes próprios de pessoas, lugares, instituições e seres mitológicos;
A nomes de festas;
À designação dos pontos cardeais;
Às siglas;
Às letras iniciais de abreviaturas;
E aos títulos de periódicos (jornais).

Agora é facultativo usar a inicial maiúscula em nomes que designam áreas do saber (português, Português), nos títulos (Doutor, doutor Silva; Santo, santo Antônio) e nas categorias de logradouros públicos (Rua, Rua do Sorriso), de templos (Igreja, igreja do Bonfim) e edifícios (Edifício, edifício Paulista).

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